Até já, Paulínia
Dia 15 de julho chegava a Campinas e comecei as visitas às locações e ao estúdio em Paulínia. Iria rodar uma parte grande do filme Chico Xavier aqui. Conhecia o que tinha sido levantado pelo diretor de arte, de locações e de assistência da direção. O que eu imaginara era agora realidade. E nem sempre exatamente.
Apesar de saber que teria uma homenagem a mim no encerramento do Festival de Paulínia, logo no dia após a chegada, o acontecido foi muito além do que ia minha imaginação.
Além do troféu, tinha um pequeno, mas lindo, documentário da minha vida artística. Com minha mãe repetindo o conselho dado há 58 anos: “Não se mete a ser artista que você vai passar fome!”. Seguiu-se a exibição do meu último – ou penúltimo – filme, Tempos de paz. A falsa modéstia me impede de dizer o que ocorreu.
Dia seguinte começou a filmagem, que os leitores deste blog acompanharam.
Dirigir um filme é um festival de emoções. Fora de casa aumenta. A vida junto com toda a equipe, a surpresa que os atores sempre nos brindam com suas interpretações, as locações que acrescentam vida maior ao filme, os novos colaboradores locais, o entrosamento com os costumes da terra, a comida, a chuva que vem ou não…, gripes (não suínas), saudades de casa e alegrias de novos amigos. Viramos uma enorme família. No nosso caso, de 120 pessoas.
Dezessete dias intensos. Tudo correu certo. As autoridades locais prestigiando. Os representantes deste lindo projeto de cinema em Paulínia, atentos, ajudando e querendo ajuda para melhorar. Está ótimo e ficará melhor. Vi os novos quatro estúdios em construção. Ali a fila anda.
Quando deixamos uma cidade nos despedimos e dizemos “até breve”. No meu caso eu digo até já.
Ano que vem, se vocês quiserem, estou de volta.
Daniel Filho
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